Mais dados pessoais sensíveis são expostos
Enquanto aguardamos a estruturação da ANPD e a regulamentação definitiva da LGPD, mais e mais notícias aparecem por aí mostrando a fragilidade que vivemos em relação à proteção de dados no Brasil.
A mais recente que temos (17/11/2019) é a da exposição de dados sensíveis de, potencialmente, 18 milhões de clientes da Unimed, por uma falha de segurança aos bancos de dados das operadoras da empresa que estariam permitindo acesso à ficha cadastral e ao histórico médico de seus clientes1.
Dados como estes são valiosos nas mãos de pessoas mal intencionadas que poderiam utilizar dessas informações para golpes de engenharia social, ataques de hackers entre outras violações que já estamos acostumados a presenciar no meio digital. Há poucos meses de sua vigência, a LGPD busca, justamente, diminuir a incidência dessas falhas pelas organizações, exigindo orçamento e investimento das empresas para a proteção de dados pessoais, e principalmente, dados sensíveis.
Se por um lado vemos a baixa aderência das empresas brasileiras para as adequações (apenas cerca de 16% das empresas estão adequadas atualmente2) e das forças investidas por políticos para prorrogar a vigência da Lei alegando a “baixa aderência pelas empresas” e “falta de um agente regulador”3, por outro lado percebemos o quanto é urgente tal exigência para garantir, ou pelo menos, melhorar a questão de privacidade e segurança de todos os cidadãos.
Referências:
- UOL – Falha em sistema da Unimed
expõe dados pessoais e até exames de pacientes
https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2019/11/17/falha-em-sistema-da-unimed-expoe-dados-pessoas-e-ate-exames-de-pacientes.htm - Câmara Legislativa – PL 5762/2019
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=B369271DBB3629E36E6558F1B459565D.proposicoesWebExterno1?codteor=1828120&filename=PL+5762/2019 - Época Negócios – 84% das empresas
brasileiras não estão preparadas para a LGPD
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/11/84-das-empresas-brasileiras-nao-estao-preparadas-para-lgpd.html